Diocese de Vila Real Diocese de Vila Real
No passado sábado, 2 de dezembro de 2023, Murça recebeu o XIV Encontro Arciprestal para Catequistas – Douro II. Neste encontro formativo, o Reverendo Pe. Márcio Martins, Diretor do SDEC, apresentou de forma detalhada o Novo Itinerário Para a Catequese – “Tempo a Tempo” – aprovado pela CEP em abril de 2022. Sob a orientação do Reverendo Pe. Amílcar, Delegado da Catequese do Arciprestado Douro II, e com a presença de catequistas e párocos, a manhã começou com acolhimento e oração.
De forma detalhada e reflexiva, disse tornar-se fundamental a necessidade de ser feita uma catequese de acompanhamento e cuidado com as crianças, adolescentes e suas famílias, procurando à luz da Palavra de Deus, o ritmo de cada um, na descoberta, leitura e releitura do encontro com Jesus Cristo, favorecendo o encontro com Ele, no contexto da comunidade cristã a que pertencem.
Sublinhou as recentes orientações do Papa Francisco, da CEP e do Diretório para a Catequese, o novo Itinerário que a todos propõe uma jornada inspirada na dinâmica catecumenal, dividida em vários tempos. Uma caminhada que abrange desde o ‘Despertar da Fé’ até ao ‘Discipulado Missionário’, atravessando as fases do ‘Catecumenado’ e do ‘Aprofundamento Mistagógico’. Este representa um programa inovador, um novo itinerário de catequese com diversas dimensões. Destacou também que é um itinerário muito mais flexível, embora, do ponto de vista da relação da catequese com seus destinatários e interlocutores, seja consideravelmente mais complexo.
Reforçou os percursos formativos do grupo e acompanhamento individual que deverão ter por referência as experiências de vida, tal como a apresentação da vocação cristã; Mencionou o Papa Francisco, ao dizer que a catequese é «uma aventura extraordinária» e ao ser «vanguarda da Igreja tem a tarefa» de ler os sinais dos tempos e de aceitar os desafios presentes e futuros, ao renovar-se sempre na consciência de que a «sinodalidade é o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milénio» e, consequentemente, também da catequese. Urge a proposta de um caminho de diálogo entre os organismos que tutelam a catequese, a família e a juventude, bem como a pastoral vocacional, litúrgica e criativa. Envolver o contributo dos SDEC e dos vários intervenientes da educação da fé, as comunidades cristãs, párocos, catequistas, famílias, crianças, adolescentes e jovens. Um caminho feito em comum, numa dinâmica de corresponsabilidade que valorize o contributo de todos.
A proposta é uma “catequese para todos”, fundamentada no querigma e centrada em experiências que vão além do anúncio. O novo enfoque busca iniciar crianças e adolescentes em todas as dimensões da vida cristã, integrando conhecimento, liturgia, oração, formação moral, virtudes do evangelho e testemunho cristão. A realidade familiar e outros ambientes formativos tornam-se essenciais na articulação com a catequese.
Após um intervalo para descontração e convívio, animado pelo grupo de jovens do Cadaval, que nos proporcionou alguns cânticos de Natal, o plenário promoveu a interação, explorando as realidades vividas e questionadas pelos participantes. O caminho a percorrer tornou-se tema central, enfatizando a corresponsabilidade e a importância de valorizar o contributo de todos.
Ainda, em consonância com o desejo do Secretariado Diocesano da Educação Cristã (SDEC) de promover assembleias em cada arciprestado da diocese como o propósito de perceber as necessidades e as dificuldades sentidas pelos catequistas na sua paróquia. Aproveitando o contexto do Encontro de Formação sobre o Novo Itinerário de Iniciação à Vida Cristã, as maiores preocupações destacadas incluem desafios relacionados com a falta de recursos humanos, momento de reflexão com as famílias e a necessidade de um maior acompanhamento por parte dos sacerdotes.
O encontro encerrou com um momento de oração e um almoço conjunto. Que os passos futuros deste caminho sejam iluminados por Jesus Cristo, seguindo a visão do Papa Francisco de uma “aventura extraordinária” e da Igreja como “vanguarda”, capaz de ler os sinais dos tempos e aceitar desafios presentes e futuros.