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O Cuidado com a Casa Comum: estudo e celebração no Dia Diocesano do Catequista

Mais de 100 catequistas da Diocese de Vila Real congregaram-se na manhã do dia 5 de outubro, através da plataforma Zoom, para celebrar, em acção de formação sobre a encíclica Laudato Si, do Papa Francisco, o Dia Diocesano do Catequista.

Sob a Presidência do Bispo D. António Augusto Azevedo, a sessão contou com a orientação e conferências dos padres Jorge Castela – da Diocese da Guarda – e Vítor Hugo Mendes – da Diocese de Lages, Santa Catarina (Brasil) -, sacerdotes que têm desenvolvido um estudo sistemático e académico daquele documento papal, visando uma ecologia integral, acolhido, aliás, com entusiasmo pela comunidade científica e susceptível de inspirar/motivar as comunidades católicas.

Nas palavras que dirigiu à assembleia em reunião, D. António Augusto, referiu, em contexto ecológico, os perigos do negacionismo quanto às alterações climáticas e suas raízes e, bem assim, a possível e perigosa perda da referência do humano como imagem e semelhança de Deus, preterido e negligenciado em favor de uma exclusiva consideração animalista. Ademais, referiu a ligação e o caminho de continuidade entre a carta encíclica Laudato Si (2015) e aquela outra, acabada de publicar pelo Santo Padre, Fratelli Tutti. A contemplação da criação, reclamada pelo Sumo Pontífice na encíclica estudada, na manhã de 5 de Outubro, pelos catequistas da Diocese de Vila Real, relevaria, ainda, de um exercício de desintoxicação de uma tecnologia que pode escravizar, manipular ou fazer evadir, em especial os mais jovens, em uma época de centramento e fixação nos ecrãs.

Os padres Jorge Castela e Vítor Hugo Mendes, exortaram os participantes a propiciarem, nas suas catequeses, o encontro, pelos catequizandos, com a pessoa de Jesus Cristo, mais do que a realizar um exercício escolástico e doutrinal, rumo, pois, a catequeses verdadeiramente missionárias e querigmáticas. Por este renovado desafio catequético passará, através de múltiplos meios e repto à criatividade na transmissão do anúncio, a noção do humano criado por amor, não produto do acaso, em que cada rosto foi fruto de um pensamento de Deus – nas palavras do Papa Francisco, convocadas à sessão. O repropor a centralidade do Deus criador revaloriza um cosmos a cuidar, em uma liberdade conformada ao bem – e não a um antropocentrismo despótico -, com acções concretas, tanto individuais – do cuidado com o exacerbar do uso de plásticos à necessária separação do lixo – como comunitários – o empoderamento de um mundo, implicado em todas as instâncias, incluindo a política, em cumprir as metas do compromisso com a sustentabilidade da nossa Casa Comum. O reelaborar dos próprios manuais e demais instrumentos de catequese à luz da proposta do Papa Francisco, plasmada em Laudato Si, foi outro dos incisos deixado pelos dois conferencistas desta sessão.

No decorrer dos trabalhos, os catequistas presentes expuseram quer as dificuldades que experimentam na sua missão, quer as bem-sucedidas experiências por que passam, ao nível do estudo e motivação dos catequizandos para a ecologia integral – que se busca efectivar de modo robusto.

Em uma iniciativa promovida pelo Secretariado Diocesano de Educação Cristã – mas que participa de um mais vasto processo em que toda a Diocese e seus movimentos estarão envolvidos, no que à reflexão e ensinamentos práticos que aquele grande documento do Papa Francisco permitirá haurir, o seu Diretor Padre Márcio Martins, deu nota de como, adaptando a cada circunstância, os meios – físicos e tecnológicos – disponíveis, as diversas paróquias da Diocese retomaram as catequeses, contribuindo, sempre no rigoroso cuidado, e devidas precauções, com o próximo, para a retoma da vida e da formação nas nossas comunidades.

 Pedro Miranda

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