JMJ – o caminho que não terminou

Nos passados dias 1 a 6 de agosto decorreu, em Lisboa, a Jornada Mundial da Juventude. Um evento por onde passaram milhares de jovens de todo mundo, incluindo da nossa Diocese.

Após uma semana intensa que antecedeu a Jornada, os Dias nas Dioceses, onde Vila Real recebeu cerca de 800 jovens de várias nacionalidades, o evento em Lisboa ficou marcado por um ambiente de multidão e de alegria comum.

Ao longo de toda a semana decorreram centenas de eventos, desde momentos religiosos, como as Catequeses Rise Up, a momentos culturais, como as várias exposições em diferentes locais da cidade até momentos musicais, comos os inúmeros concertos que deram ainda mais vida à capital.

Contudo, os eventos centrais foram aqueles que mais gente juntaram ao longo da semana, iniciando com a Missa de Abertura, presidida pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, onde se estima que estiveram presentes entre 200 e 300 mil jovens de todo o mundo.

O primeiro grande momento com o Papa Francisco decorreu no dia 3 de agosto. O Santo Padre presidiu à Cerimónia de Acolhimento, na Colina do Encontro, cativando desde logo todos os presentes com a sua presença e as suas palavras. Com a certeza de que a Igreja é “um lugar para Todos, Todos, Todos”, os jovens saíram deste momento com o espírito renovado para o que ainda viria a decorrer nessa semana.

No dia seguinte, 4 de agosto, decorreu a Via Sacra, um momento também ele muito impactante. O percurso das 14 estações ficou marcado pela partilha de testemunhos reais de problemas que afetam os jovens atualmente, como a guerra, a solidão, a dependência digital ou o desemprego, num momento onde estiveram presentes cerca de 800 mil jovens.

Os eventos centrais seguintes ocorreram já no Parque Tejo, onde se estima que cerca de 1.5 milhões de jovens acompanharam a Vigília e Missa de Encerramento. O primeiro momento, a Vigília que decorreu na noite de dia 5, ficou de novo marcada pelos apelos do Papa Francisco à inclusão e à solidariedade da Igreja onde, numa das frases mais marcantes do evento, lembrou que “o único momento em que é lícito olhar alguém de cima para baixo é quando estamos a ajudar alguém a levantar-se.”. Os momentos de silêncio e reflexão vividos nessa noite ficarão na memória de todos os presentes.

Para terminar, já na manhã de dia 6, decorreu a Missa de Encerramento, o Santo Padre proferiu uma mensagem de esperança nas novas gerações que não são apenas o futuro, são já o presente também pedindo para que os jovens “tenham um sonho de paz” e sejam “a esperança de um mundo diferente.” No final, o tão aguardado momento do anúncio da próxima Jornada Mundial da Juventude encheu de alegria todos os jovens sul coreanos presentes no recinto pois serão eles os anfitriões, em Seul, no ano de 2027. Pelo meio, em 2025, decorrerá em Roma o Jubileu dos Jovens, como anunciado pelo Papa Francisco.

Apesar da Jornada Mundial da Juventude ter acabado, o caminho para os jovens cristãos não terminou no passado domingo, dia 6. Como disse o Santo Padre, “Todos vós quereis mudar o mundo e quereis mudar pela justiça e pela paz” e, como tal, é importante “que não temam, não tenham medo”. Jovens, o mundo está à vossa espera.

Pedro Borges

 

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