Encontro de Assistentes do CNE

No passado dia 15 de janeiro realizou-se um encontro de Assistentes de Agrupamento do Corpo Nacional de Escutas da Região com Sua Excelência D. António Augusto, bispo de Vila Real.

O senhor bispo, na reflexão que proferiu, chamou a atenção para três palavras importantes aplicadas ao C.N.E.: alerta, no sentido de vigilância, esperança, pois os jovens são o futuro da construção da nossa sociedade, e, por fim, obediência, não uma obediência cega, mas de amor e em Igreja e à Igreja anunciando o Evangelho com alegria.

O Pe. Ricardo Pinto, Assistente Regional, apresentou o trabalho realizado sobre a Região e assistência ao Movimento do C. N. E., deixando também alguns desafios para os restantes assistentes, já para este próximo ano pastoral, no que diz respeito à participação ainda mais visível no ACAREG, a realização do CRAE final de Julho, o XXX Encontro Regional a realizar-se em 11 Outubro 2020 no Peso da Régua, os Conselhos Regionais, a edificação da Capela no Campo Escola e a participação e envolvimento na preparação das Jornadas Mundiais da Juventude.

Esta sessão contou também com a presença do Assistente Nacional Reverendo Padre Luís Marinho, que explanou parte do sistema de formação de adultos no Escutismo, sobre a temática da maturidade cristã no C. N. E.: “Neste contexto formativo, entende-se por maturidade cristã a capacidade pessoal de dar testemunho de Cristo de forma esclarecida, amadurecida e consistente, como é próprio de quem completou a Iniciação Cristã (Batismo, Confirmação e Eucaristia). Evidentemente que a maturidade cristã é um processo que dura a vida toda. Contudo, o momento da escolha para dirigente do C.N.E. deve conduzir os candidatos a dirigente a uma forte tomada de consciência da missão de educador da fé que a Igreja lhes confia. Só se pode, portanto, amadurecer na fé na medida em que se vive convictamente a condição de “discípulo missionário” e se assume esta nova responsabilidade como resposta pessoal ao chamamento de Cristo. A esta luz melhor se compreenderão outras dimensões constitutivas da experiência cristã – o matrimónio e a família, por exemplo – de modo a manifestar uma síntese coerente.

Promoção
Os candidatos a dirigente que não tiverem completado a Iniciação Cristã deverão, durante o discernimento, ser convidados e motivados a completá-la de modo a poderem exercer com total propriedade a missão eclesial que lhes será confiada, podendo esse caminho prolongar-se durante, e mesmo após, o Estágio, de acordo com critérios e circunstâncias pastorais locais.

Responsabilidade
O convite, motivação e acompanhamento referentes a este caminho cumpetem ao assistente, bem como a todos os dirigentes, num quadro de vivência comunitária da fé e comunhão eclesial.

Propostas
Consoante a situação particular de cada candidato, dever-lhe-ão ser propostas oportunidades, no âmbito paroquial, vicarial (arciprestal) ou diocesano, de completar a Iniciação Cristã, caso ainda não o tenha feito, e que ajudem a viver este itinerário como processo de iniciação à vida cristã. À participação e envolvimento nestas propostas catequéticas deve associar-se sempre um acompanhamento personalizado que lhe permita consolidar o seu percurso espiritual, no quadro da comunidade apostólica que deve constituir o conjunto dos dirigentes e candidatos de um Agrupamento, inserida na comunidade cristã a que pertencem. No caso de um candidato a dirigente que tenha já concluído o seu percurso catequético e sacramental em termos de Iniciação Cristã, para além da vivência espiritual proposta no quadro da referida comunidade apostólica, poderão ser sugeridas outras oportunidades de aprofundamento da fé cristã (catequese de adultos, curso elementar de teologia, retiro, Cursilho de Cristandade, entre outras), bem como leituras acompanhadas de uma ou mais das seguintes obras: CEP (1995) Escutismo: Escola de Educação (exortação pastoral) CEP (2013) CNE: Caminho de Esperança (nota pastoral) CNE (2009) Escutismo e Desenvolvimento Espiritual: A Perspetiva do Corpo Nacional de Escutas”

Recordou ainda a formação contínua para cada dirigente do C.N.E., no módulo de formação “Escutismo, movimento seguro”, no manual de boas práticas do C. N. E., a atenção aos procedimentos a realizar perante situações delicadas, de abusos sexuais, poder, consciência, bullying, internet, e a relação educativa entre dirigentes e escuteiros e relação entre pares.

D. António Augusto concluiu referindo a importância desta formação para todos os assistentes no acompanhamento do CNE como movimento seguro, com todos os procedimentos necessários para a boa prática do Escutismo. Fundamental a questão da maturidade humana na escolha de dirigentes, a necessidade de observação atenta antes de aferir o parecer favorável, numa atitude pastoral de acolhimento, de caminhar com proximidade de todos os que queiram fazer este caminho, tendo em atenção o espírito sinodal da exortação “Christus Vivit” e o papel do CNE na prioridade aos mais jovens e adultos na vivência da vida cristã de forma coerente e testemunhal.

Pe. Ricardo Pinto, Assistente Regional

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