Centenário da Diocese de Vila Real – 20 de abril de 2022

A diocese de Vila Real celebrou o centenário da sua criação no dia 20 de abril.

Às 17 horas, na Sé, D. António Augusto Azevedo presidiu à solene Eucaristia de ação de graças. Associaram-se duas dezenas de bispos, com particular destaque para o Núncio Apostólico em Portugal, Mons. Ivo Scapolo. Marcaram presença as estruturas civis da região, um grande número de padres, religiosos, representantes dos organismos da diocese e fiéis. Apesar de ocorrer em dia de trabalho, a catedral tornou-se exígua e foi possível acompanhar, no exterior, através de écrans disponibilizados pela organização.

Os novos paramentos, da autoria de Avelino Leite, inspirados na árvore, símbolo do centenário, a mestria de Giampaolo di Rosa, titular do grande órgão sinfónico e o canto animado pelo Coro da Sé, dirigido por Frederico Ferreira, imprimiram à celebração notável beleza e harmonia.

D. António Augusto manifestou o seu regozijo e gratidão pela efeméride. Na homilia fez uma retrospetiva histórica desde o papel de D. Manuel Vieira de Matos na sua criação descrevendo o empenho pastoral dos 5 bispos, seus antecessores. Referiu-se depois ao novo estilo que o Papa Francisco pede à Igreja no nosso tempo: a sinodalidade, que significa não só escutar o Espírito e os anseios do homem de hoje, mas também caminhar juntos.

O tom exultativo das celebrações prolongou-se num belíssimo concerto de órgão de Giampaolo di Rosa, interpretando Bach, Pedro Araújo e culminando com uma improvisação sobre a Salve Regina.

Já no Seminário, houve uma confraternização entre os convidados com bolo de aniversário e brinde com vinho do Porto produzido nos socalcos durienses que, há cem anos, eram propriedade da família de D. Manuel Vieira de Matos.

A encerrar o programa, o Museu do Som e da Imagem, com o apoio da Câmara Municipal de Vila Real, inaugurou a exposição “No centenário da diocese de Vila Real, memória fotográfica”.  Vítor Nogueira explicou a seleção documental que ele próprio organizou, destacando que a intenção do Museu foi “recuperar diversos registos da vida diocesana a que o tempo se encarregou de dar importância histórica”.

Rui Santos, presidente do município vila-realense, felicitou a diocese pelo seu centésimo aniversário, manifestando a sua alegria em fazer parte das comemorações duma instituição com um papel tão relevante na sociedade. Referiu-se ao orgulho da cidade ser a sede episcopal e agradeceu a D. António Augusto pela sua intervenção não só no campo religioso, mas igualmente pela visão de futuro nas dimensões cultural e humanista.

D. António Augusto agradeceu a presença do Núncio Apostólico, dos bispos e das autoridades da região. Elogiou a qualidade da Exposição pela força das imagens que falam por si. Destacou a importância de Vila Real ter um Museu do Som e da Imagem e referiu a sã cooperação entre as instituições, em particular com a Câmara Municipal, ao serviço do bem comum dos cidadãos.

Seguiu-se a abertura da Exposição e distribuição do catálogo, com particular destaque para uma fotografia do Seminário (c. 1940) e onde se pode ver a Bula da criação da Diocese de Vila Real, de Pio XI, datada de 20 de abril de 1922.

Pe. Manuel Queirós

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