Mais de um milhar de catequistas reuniu em Fátima nas Jornadas Nacionais de Catequistas. Da Diocese de Vila Real participaram 35 catequistas das paróquias da Sagrada Família e Santa Maria Maior, em Chaves, de Sabrosa, Ribeira de Pena, Mesão Frio, Godim e Valpaços.
Centradas no tema do Credo, num aprofundamento da celebração dos 1700 anos do Concílio de Niceia, as jornadas foram uma oportunidade para renovar a fé, assumir o compromisso de levar e partilhar com entusiasmo e encanto a Boa Nova de Jesus Cristo e estreitar laços com catequistas de todo o país.
No encontro, o presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF), D. António Augusto Azevedo apelou a um “renovado compromisso” dos catequistas portugueses na missão de anunciar a fé.
Recordando as palavras do Papa Leão XIV aos catequistas lusófonos no Jubileu dos Catequistas, em Roma, D. António Augusto Azevedo, pediu aos catequistas “coragem e dedicação constantes no anúncio do evangelho para que as crianças, os adolescentes e os jovens connosco cresçam intuindo que Deus as ama e tem para elas grandes sonhos”.
Para o bispo de Vila Real, este “é um tempo que exige de cada um novo impulso” na ação e na missão da catequese, lembrando que o tempo sinodal, em que a Igreja está envolvida, “é um tempo de aprofundamento e continuidade que mobiliza toda a Igreja e na qual a catequese e os catequistas devem ter um papel e um empenhamento acrescidos”.
D. António Augusto Azevedo disse ser fundamental regressar ao capítulo V do documento final do sínodo que desafia a catequese a “formar discípulos missionários”.
“O número 145 fala-nos da catequese como uma prática formativa que deve receber novo impulso. Uma catequese centrada em itinerários de iniciação cristã, em saída e extrovertida, aproximada da experiência de cada um. Um laboratório de diálogo capaz de iluminar a procura de sentido, certamente de muitos homens e mulheres do nosso tempo”, indicou.
O bispo de Vila Real destacou ainda que “num mundo que tende a valorizar e a extremar as diferenças, o desafio que temos, como cristãos é a fazer comunhão. Professar o CREDO é um grande sinal de comunhão”.
O presidente da CEECDF pediu também “um renovado compromisso, renovado empenhamento de todos e de cada um, de cada secretariado, de cada diocese, de cada paróquia, um renovado compromisso de cada um, de cada catequista, no implementar, no levar à prática este novo itinerário no qual a Igreja em Portugal está empenhada. Porque é necessário fazer um grande caminho”.
Já o presidente da Equipa Europeia de Catequese defendeu, na sua intervenção, uma linguagem “clara, simples e próxima da experiência humana” e necessidade de “purificar a fé de pesos supérfluos”.
Para o padre Carl-Mario Sultana, da arquidiocese de Malta, a catequese “deve falar ao coração das pessoas, não apenas à mente” e esta “não pode ser reduzida a fórmulas ou doutrinas”.
“A fé não pode ser reduzida a fórmulas ou doutrinas”, devendo antes ser “vivida e testemunhada nas escolhas quotidianas”, afirmou.
Diocese de Vila Real Diocese de Vila Real