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47.º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica

Entre os dias 4 e 7 de setembro decorreu, em Fátima, o 47.º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica. Com o aproximar do sínodo dos bispos, em 2024, convocado pelo Papa Francisco, o tema escolhido para este ano foi os “Ministérios na Igreja Sinodal”. Entre os cerca de 500 participantes a nível nacional, estiveram presentes 13 da nossa diocese. Este pequeno grupo, composto por leitores, acólitos, catequistas, cantores e padres, participou diária e ativamente nas celebrações e atividades. Estas foram diversificadas. Na noite do dia 5, os presentes foram convidados a participar numa celebração penitencial, de modo a permitir uma consciencialização da nossa condição humana e reconhecer a ação salvífica do Deus Vivo. Todos os dias decorreu a oração de Laudes e de Vésperas, bem como a celebração da Eucaristia, que no dia 6 foi presidida pelo bispo da nossa diocese, D. António Augusto.

Ao longos destes quatro dias, as conferências diárias destacaram os seguintes temas: “Ministérios e Sinodalidade” (Professor Borges de Pinho, UCP); “Eu estou no meio de vós como quem serve” (Pe. Mário Sousa, diocese do Algarve e presidente da Associação Bíblica); “O Papa Francisco e a renovação dos ministérios instituídos” (Pe. Pedro Santos, diocese de Coimbra) e “Espiritualidade litúrgica dos ministérios instituídos” (Pe. Carlos Aquino, diocese do Algarve). Na conferência do padre Mário Sousa foi apresentado o “Livro do Admonitor: Liturgia da Palavra – ano B”. O risco de uma má compreensão das leituras, em ambiente litúrgico é grande, uma vez que elas são tiradas do seu contexto histórico e cultural. Para fazer face a este perigo, surge este complemento, da autoria do padre Mário Sousa, a fim de que a assembleia dominical se aproxime do texto e o possa compreender como composição literária.

A pluralidade de ministérios é suscitada pelo Espírito divino e, segundo Ele, devem adaptar-se a cada situação e momento e escutar os tempos, para que possam dar uma resposta correta às adversidades, perante um profundo discernimento, e fazer Cristo presente e atuante no tempo e na história. Os dons diversos que Deus dá a cada pessoa devem ser cultivados e exercidos, de modo que leve à evangelização e edificação da comunidade eclesial, suscitando a participação consciente no mistério de Cristo: “Foi também Ele que a uns constituiu apóstolos, a outros profetas, a outros evangelistas, e a outros pastores e mestres, com o objetivo de preparar os santos para o trabalho do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, para que todos cheguemos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao Homem perfeito, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4, 11-13).

Para concluir, apreciemos a descrição que São Paulo faz de uma Igreja sinodal, hierarquicamente organizada, numa das suas cartas: “Há diversidade de carismas, mas o Espírito é o mesmo; há
diversidade de serviços, mas o Senhor é o mesmo; há diversidade de atividades, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito para o bem comum: a um, por meio do Espírito, é dada a linguagem da sabedoria; a outro, a linguagem do conhecimento segundo o mesmo Espírito; a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, o carisma para curar pelo único Espírito; a outro, o de realizar ações poderosas; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, uma variedade de línguas; a outro, por fim, a capacidade de as interpretar. Todas estas coisas, porém, as realiza o único e mesmo Espírito, que as distribui por cada um, conforme lhe apraz. Pois tal como o corpo é um só e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, sendo muitos, são um só corpo, assim também sucede com Cristo” (1Cor 12, 4-12).

Flávio Gouveia

 

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