Nota Pastoral a propósito do novo confinamento

          O agravamento da situação pandémica no nosso país levou a Conferência Episcopal Portuguesa a tomar algumas medidas que constam do comunicado de 21 de janeiro. Em ordem à sua aplicação na diocese de Vila Real neste período de confinamento, torno públicas as seguintes disposições:

  1. Apelar a todos os diocesanos a um renovado esforço no cumprimento  das normas que visam ultrapassar a pandemia. Este é um momento grave que requer comportamentos responsáveis e respeitadores do bem comum. Para quem é cristão, o «amor ao próximo» tem hoje tradução concreta no acautelar e zelar pela saúde do outro. E a defesa coerente da cultura da vida significa tudo fazer para evitar pôr em risco a vida de cada um.
  2. Despertar as consciências para a necessidade de uma especial atenção aos mais vulneráveis, aos que estão sós, aos mais idosos, às famílias mais carenciadas. Na nossa região serão cada vez mais as pessoas e famílias que vão precisar de ajuda material ou de outro tipo. Que a solidariedade de pessoas e comunidades se multiplique e não deixe ninguém esquecido.
  3. Suspender durante este período a celebração pública da eucaristia é uma decisão que a gravidade da situação aconselha, embora nos entristeça. A privação temporária da participação presencial neste sinal maior do cristianismo, deve suscitar o reforço de outras formas de oração e da leitura da Palavra de Deus. Recomenda-se o acompanhamento da eucaristia dominical por outros meios e para esse fim a diocese providenciará a transmissão on-line da eucaristia aos domingos às onze horas, a partir da Sé Catedral. Além disso, continuará a disponibilizar materiais de apoio à oração e reflexão pessoal e familiar.
  4. Recomendar que nas exéquias dos defuntos se faça uma breve celebração da palavra na igreja (com  exceção dos casos de COVID que obedecem a normas próprias). Sejam realizadas com um número limitado de pessoas, dando prioridade à família. Da mesma forma, os velórios sejam reduzidos, respeitando as regras de distanciamento e evitando a aglomeração de pessoas.
  5. Suspender ou adiar atividades pastorais das paróquias, eventos de grupos, movimentos ou instituições eclesiais que impliquem deslocação ou ajuntamento de pessoas. Sempre que possível sejam feitos on-line.
  6. Enviar uma palavra de ânimo a todas as pessoas que estão doentes com o COVID ou outra doença; uma mensagem de incentivo e encorajamento a todos os cuidadores, aos profissionais de saúde, a todos aqueles e aquelas que nos lares ou em casa cuidam dos mais frágeis; uma palavra de conforto e condolências às famílias que perderam algum ente querido.
  7. Exortar a todos a que vivam esta provação com espírito de fé. Este é um momento duro em que somos confrontados com as nossas vulnerabilidades. Mas este desafio será mais difícil de vencer se cedermos ao sectarismo, ao egoísmo ou à indiferença. Nesta hora da verdade o mais importante é salvar vidas e cuidar das pessoas. Vamos precisar de coragem, resiliência e responsabilidade. É imperioso, mais do que nunca, que estejamos unidos, com a consciência de somos irmãos que estão no mesmo barco e precisam uns dos outros. Acreditamos que Deus está connosco no meio desta tempestade e essa fé nos enche de paz. Com Ele temos a esperança firme de que chegaremos a bom porto.

Para todos os amados diocesanos de Vila Real invoco a intercessão de São José, homem justo e crente que, com discrição e uma fé forte, soube proteger Jesus e Maria nos momentos mais difíceis da vida da família de Nazaré. Peço ainda a proteção maternal de Maria,  Senhora da Conceição e nossa padroeira. Que Deus abençoe a todos com saúde e paz.

Vila Real, 22 de janeiro de 2021

+António Augusto de Oliveira Azevedo

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