Sob o tema "DO DIREITO À ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL, À RESPONSABILIDADE DA COMUNIDADE - "Estive doente e abandonaste-Me", este encontro foi cuidadosamente pensado para Capelães Hospitalares, Voluntários, Profissionais de Saúde, Profissionais Sociais, Visitadores de Doentes, Agentes de Pastoral Paroquial e Comunitária, Estudantes... e acreditamos que ele constituirá mais uma ocasião privilegiada para se reflectir a dimensão da assistência, quando é o valor humano que está em causa.
Este ano o Seminário Formativo acontecerá nos dias 3 e 4 de Dezembro, e voltará a ter lugar em Fátima, na casa DOMUS CARMELI.
Para efectivação da vossa inscrição, poderão fazê-lo acedendo ao link que segue em baixo e preenchendo os respectivos dados que ali são pedidos.
Aos Professores de Moral e Religião Católica (Act. 17, 22-34)
Caras Professoras e Professores de Moral e Religião Católica! Nesta manhã de Sábado viestes renovar o compromisso de fidelidade a Cristo e à Igreja. E a primeira palavra que vos dirijo é de apreço e esperança. Porque ajudais a construir o Reino de Deus, a vossa missão é sublime e preciosa, mas é difícil porque as famílias que vos entregam os filhos pouco lhes dão e a sociedade onde vivem é um corpo doente, sem valores, sem Deus, sem horizontes, sem transcendência. Os alunos são pasto do egoísmo e violência vivendo ciosos de dinheiro, prazer e vedetismo, contagiados pela perversão. Resistem à visão católica do mundo, que lhes dais, porque são escravizados pelo agir pós-cristão, materialista e injusto reinante, sedentos de êxito, lucro e posse desordenada, seguindo os critérios do mundo onde as pessoas valem pelo que têm e obtêm e não pelo que são, nem pela recto agir que deviam ter.
1.-Vós sois crentes, discípulos, seguidores, testemunhas de Cristo e ensinais, em nome da Igreja, que transmite o Evangelho da salvação que Jesus, o Filho de Deus morto e ressuscitado, nos dá e deveis comunicar na Escola e onde quer que vos encontreis. Mas sucede que, como diz Saint-Exupéry “o essencial não tem peso”. O que conta para a opinião reinante é êxito, lucro, carreira, indiferença, sendo os jovens prisioneiros do hedonismo e da violência. Num mundo assim sois sinais de contradição e a Boa Nova é escarnecida, como, no Areópago. “Ao ouvirem Paulo falar da ressurreição dos mortos, uns começaram a troçar, enquanto outros disseram: “ouvir-te-emos falar sobre isso ainda outra vez. Foi assim que Paulo saiu do meio deles” (Act. 17,32). Os critérios do mundo não são os de Jesus que veio servir e dar a vida (Mc 10,45). O mundo apetece o que vê, saboreia, pesa, quantifica, o dinheiro e o que enche o estômago. Vós sois desmancha-prazeres. Remais contra a maré, pondes o dedo na ferida. O supremo bem, a verdade e a beleza não enchem barriga, nem pesam. No descalabro moral, cresce o ódio, a aversão e a indiferença de muitos e deste modo a corrupção global aumenta.
Em Atenas, Paulo anunciou Cristo Morto e Ressuscitado e o mundo escarneceu. Hoje, anunciamos sem esvaziar a verdade, porque há o perigo de calar, de reduzir a fé e a moral, para atrair, ser simpáticos e ouvidos. “Cremos facilmente o que queremos”. A gente ouve facilmente o que traz vantagens, não compromete, nem exige conversão. Há quem domestique a verdade, baixe o nível de guarda, hipoteque valores, reduza a mensagem, faça dela self-service, para agradar ao mundo. Mas a verdade está acima das conveniências. “Amigo de Platão, mas mais amigo da verdade”, diziam os antigos.
Para ganhar audiência, cala-se e mutila-se a verdade de Cristo, cedendo ao engodo do populismo, esquecendo as exigências do tesouro da verdade, que o Ensino da Moral e da Religião Católica deveria apregoar e apresentar, com convicção e coerência.
Continuar a ler A Missão do Professor de Moral e Religião Católica
Caríssimos Padres, Diáconos, Seminaristas, Religiosos, Leigos, Jovens e Adultos:
Aproxima-se a Festa do Nascimento de Jesus, que pouco diz a quem trocou o Menino Jesus pelo Pai Natal e pelo consumo desenfreado dos prazeres do mundo secularizado, agnóstico, indiferente e egoísta. O Natal perdeu a conotação religiosa, com o Filho de Deus feito homem. O eclipse de Deus trocou a adoração de Jesus pelo dinheiro, pelos bens materiais, pelo espectáculo e pelo brilho efémero das coisas terrenas.
Este Natal é, de certo, o último, como Bispo de Vila Real e, por isso, peço para serdes fiéis à vocação a que fostes chamados, de fé e esperança, no Filho de Deus, que fez de nós filhos e herdeiros do Reino de Seu Pai. Permanecei firmes, na fé e na esperança, e activos, na caridade, sem terdes vergonha de Cristo, que nasceu, morreu e ressuscitou, para nossa salvação. Em resposta, à vinda e descida do Filho de Deus, que encarnou e se fez homem, peço para serdes arautos do anúncio vivo do Ressuscitado. Como disse Bento XVI aos jovens: “não tenhais medo de Cristo porque Ele nada vos rouba, mas tudo vos dá e assegura”. Já o Papa S. João Paulo II, no início do pontificado pediu: “Não tenhais medo. Abri as portas a Cristo, antes escancarai-as”.
1.- No Ano Missionário, o lema é:“todos, tudo e sempre em missão”. A Missão é nota constitutiva da Igreja evangelizada e evangelizadora e fruto das Missões Divinas do Filho e do Espírito, que brotam da fonte do amor do Pai. O Filho de Deus fez-se carne, passou fazendo o bem, morreu e ressuscitou, venceu o pecado e a morte, sendo nosso Modelo, Mestre e Referência Suprema. Por sua vez, o Espírito Santo é o dom do Pai e do Ressuscitado, para anúncio do Evangelho, e é a alma da Igreja, vivendo, no nosso coração, como num templo. O Espírito é o cordão umbilical e o Amor em Pessoa, na Trindade Santíssima. É Ele que derrama o amor nos corações, para ser comunicado e ateado e conquistar todas as criaturas, para o conhecimento e amor de Jesus Cristo.
Peço, Irmãos caríssimos, Padres, Religiosas e Leigos, que vivais santamente, no amor e façais a vontade de Deus. Cristo conta convosco e espera muito de vós. Ninguém fique de fora, nem deixe de fazer a vontade de Deus e de O glorificar. Somos chamados a evangelizar, a amar e crescer, na santidade, segundo o mandato de Deus: “sede santos como Eu sou santo”. O programa é obedecer a Deus, fazendo a Sua vontade, porque, como diz S. Paulo, “a vontade de Deus é a vossa santificação”.
O símbolo da Porta do Ano Missionário abre ao horizonte da missão universal e mostra a importância e a necessidade dos agentes evangelizadores e comunicadores da fé em Cristo. A visão de Tróade (Act 16,9-10) levou Paulo a passar à Macedónia, abrindo a porta ao anúncio de Jesus Cristo, na Europa. Do mesmo modo, o ardor missionário e a necessidade de levar o Evangelho de Cristo a todos, contribuirá para a evangelização e santificação do mundo e para o conhecimento do amor de Jesus Cristo Filho de Deus. “Há caminhos não andados que esperam por alguém”.
Há que preparar os agentes evangelizadores, os arautos da Boa Nova de Jesus Cristo. Há que inovar, que arregaçar as mangas e encontrar maneiras novas e nova linguagem e os processos de cativar as pessoas, para o conhecimento e o amor de Deus, que se manifesta em Jesus Cristo e nos santifica e molda interiormente, pelo Seu Espírito.
2.- Estamos a preparar a Celebração do Centenário da Criação da Diocese, que ocorre a 20 de Abril de 1922. Há que sonhar, arquitectar e implementar estudos, celebrações e acções de catequese e evangelização, nas Paróquias e nos Arciprestados, com novos processos, nova linguagem e novo ardor, em ordem à construção da Igreja Diocesana, feita de pedras vivas, ou seja de cristãos convertidos e inteiramente fiéis e conformes à imagem de Jesus Ressuscitado. Convido as Crianças, os Jovens e os Adultos de todas as idades a empenharem-se, na obra da construção da Igreja Diocesana, em que cada um de nós é, e deve ser, uma pedra viva do Templo do Senhor Ressuscitado.
Há que formar Leigos, apostar neles, confiar-lhes as missões a que são chamados e, para as quais estão, naturalmente, capacitados e predispostos. A Diocese esvazia-se. A população diminui. A mobilidade traz problemas. A pertença à comunidade paroquial e diocesana ressente-se disso. Os Padres são cada vez menos. É preciso rezar e pedir trabalhadores para a seara do Senhor, mas há que acordar para a nova evangelização dos poucos que somos, espevitando o ardor missionário, indo às periferias, para levar o tesouro do Evangelho aos homens e mulheres de hoje, à imitação dos Magos que, guiados pela estrela, foram adorar e levar os seus dons ao Menino Jesus.
Como os Pastores de Belém, que obedeceram ao coro dos Anjos e foram ao Presépio, e, como Maria Santíssima, que obedeceu, foi fiel e acreditou em tudo o que lhe foi dito da parte do Senhor, assim cada um de nós se abra à vontade de Deus e se predisponha a pô-la em prática, indo anunciar, como a Mãe de Deus e como os Pastores, a alegria do amor do evangelho de Jesus Cristo Salvador.
Assim, o Natal terá eco, nas nossas vidas, a vontade de Deus será cumprida, a Palavra de Deus será escutada e posta em prática. A Palavra de Deus está sempre à espera da nossa resposta de obediência, compromisso e missão. Se obedecermos e colhermos a mensagem do Natal, a razão de Deus encarnar e se fazer um de nós, testemunharemos que não foi em vão que o Filho de Deus veio, para nos dar a vida e nos servir e salvar, nascendo da Virgem Maria, fazendo o bem, morrendo e ressuscitando por nosso amor.
“A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo esteja convosco” (2 Cor. 13,13), com a protecção da Virgem e dos Santos. Amen.
+ Amândio José Tomás, bispo de Vila Real.
Caros Jovens e Pais e Mães de Família! A alegria e a paz de Cristo estejam convosco!
O Ano Missionário inicia, em Outubro, a pedido dos Bispos de Portugal: Todos, Tudo, Sempre em Missão. O Papa Francisco, no centenário da Encíclica “Maximum illud” de Bento XV, quer que vivamos como “Baptizados e Enviados, na Igreja de Cristo, em Missão, no mundo”. Tudo vem do mandato de Jesus Ressuscitado, que disse: ide, ensinai, baptizai, sede minhas testemunhas. Baptizados em Cristo, somos missionários, herdeiros, filhos de Deus, obreiros do Reino. Durante anos, falamos de família, jovens, discernimento, vocação e de discípulos de Jesus, em ordem ao anúncio do Senhor. A Igreja tem como fim a fé e a salvação que nos vem, por Jesus, Redentor do homem.
1.-No Ano 2018-2019, a aposta é Jovens Discípulos, Arautos e Obreiros da Esperança. Há pouca gente nova. Muitos fogem de Deus e da Igreja. Há que apostar em Cristo, na Eucaristia, na Palavra e Oração, seguindo os mártires e confessores; formando agentes pastorais, anunciando o amor e fidelidade, sem contra-testemunho ou divórcio entre a fé e a vida. O cristão é fermento e obreiro do futuro. Não basta trabalhar e servir, sem a conversão. As pessoas querem a alegria verdadeira, a vida eterna e esperança em Deus. Há que pregar Jesus Ressuscitado, com convicção, receber e dar, por contágio, o dom de Deus às pessoas, pela via do amor. Deus é amor e quer compaixão, obediência e não ritualismo. Quer o anúncio da fé, que actua pela caridade, levando o tesouro, em vasos de barro. A força do anúncio vem de Deus. A missão é árdua, mas a vitória é certa pois cremos em Cristo. A Diocese dedicou anos à Família, berço, escola, púlpito da fé, célula mãe da sociedade e da Igreja e à vocação ao ministério ordenado e à vida consagrada. No Centenário das Aparições de Fátima, meditámos o repto da Virgem Maria aos Pastorinhos: Não quereis oferecer-vos a Deus?
2.- Captar as pessoas para a missão, unindo-as, na meditação da Palavra de Deus, nos Santuários, levados pela mão de Maria a fazer a vontade de Seu Filho. Abençoo a ideia de, no Ano Missionário, louvar a Mãe de Deus. Há pessoas que, a partir de Outubro, querem louvar a Deus, na Capela da Senhora de Lurdes, em Vila Real, na Eucaristia do primeiro Sábado, e aos Domingos, recitando o Rosário. Assim o templo inacabado, seria o pulmão espiritual da cidade, um centro de oração, formação e reparação, sob o olhar materno da Virgem. É bom que a Adoração Eucarística e a Oração Mariana do Rosário se multipliquem. A reparação é bem-vinda. Há que seguir as normas da Igreja, desagravar os Corações de Jesus e de Maria, quando os escândalos nos envergonham. Há que cerrar fileiras, praticar boas obras, fiéis ao Evangelho, à Mensagem de Fátima e ao Papa, dando exemplo, fazendo penitência e pedindo pelos pecadores.
As Igrejas da Diocese estejam abertas à Adoração do Santíssimo Sacramento e também à veneração da Santíssima Virgem, com a recitação do Rosário. O cristão não vive, nem anuncia Jesus Cristo, sem a oração de acção de graças, sem a Eucaristia e o Domingo, e sem o empenho da caridade, em prol dos outros, em todas as circunstâncias.
A Igreja Católica assenta na Adoração do Mistério da Eucaristia e na veneração da Mãe de Deus. Peço ao Movimento da Mensagem de Fátima, às Oficinas de Oração e Vida, aos Cursos de Cristandade, aos Convívios Fraternos, às Equipas de Nossa Senhora, aos Jovens, aos Universitários, aos Pais e Mães de Família para abraçarem e promoverem a Adoração do Santíssimo Sacramento e a Recitação do Rosário, para salvação do género humano e para maior glória de Deus e de Sua Mãe Maria Santíssima. Todos devemos cerrar fileiras por Cristo e Sua Mãe, como arautos do Reino e discípulos de Jesus.
O ardor missionário exige labor, oração, conversão do coração, prática sacramental, o arrependimento dos pecados, o amor e solidariedade, com os frágeis e excluídos. Há que ser fiéis, não ter vergonha de anunciar Jesus Cristo Morto e Ressuscitado, Mestre, Senhor e Pastor das nossas almas. Toda a Igreja é missionária. Ninguém fique de fora, nem deixe de testemunhar e viver a riqueza incomensurável de Jesus Cristo.
Que o Ano Missionário dê abundantes frutos de salvação. Encomendo-vos ao Senhor e a Sua Mãe, com o desejo que “a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco”.
+ Amândio José Tomás, bispo de Vila Real